terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CAPÍTULO I - PARTE III - COMO ECHO AND THE BUNNYMEN

Terça-feira, 26 de Novembro de 2013.

DIÁRIO DE UM HOMEM SEM CHÃO




CAPÍTULO 1



PARTE III

Nota: esta parte é a continuação direta de:
http://festadouniverso.blogspot.com.br/2013/12/capitulo-1-parte-2.html

02:41’a.m. 

- Perfeito, diz o Velho. Vamos começar a Parte III desta Reunião Celeste.

Olha para o Cabo:
- Permita-me, Cabo, fazer algumas perguntas. Mas precisamos saber a quantas anda sua amnésia parcial.
O que você não se lembrar, nós te lembraremos, no decorrer de sua tarefa. Uma coisa de cada vez.

- Perfeito, responde o Cabo. Pergunte-me o que quiser.

V. – Qual o seu nome aqui, neste momento e lugar?

C. – Aqui? Se bem me lembro é “Homem sem Chão”.

V. Parece-me satisfatório. Sua memória recente não está de todo má. Vamos mais longe, ou quem sabe mais fundo, um pouco.  Eu te perguntarei com que apelido você se tornou conhecido em toda a Galáxia.

C. – O de Mini-Tauro. Desculpem-me, não encontrei outro.

V. – E nem poderia, pois este foi seu nome.

C. – Compreendo.

V. – Agora, vamos aos fatos Olímpicos.
- Música – pede agora Dorothy à Equipe, quase num sussurro, para não interferir demasiado na rememoração do Cabo.

Entra, na Rádio Zenith:

PORCUPINE, Video oficial – ECHO AND THE BUNNYMEN

Letra: 

There is no comparison 
Between things about to have been 
Missing the point of our mission 
Will we become misshapen? 


A change of heart 
Will force the nail 
Nailed to the door 
To all avail 


There are no divisions 
Between things about to collide 
Hitting the floor with our vision 
A focus at some point arrives 


A change of mind 
Will force the nail 
To hit the head 
And set the sail 


A change of skin 
Will shed the tail 
Hung on the wall 
For use again 
A change of heart 
Will force the nail... 
(There is no comparison 
Between things about to have been)


Smash the pig 
This pork is mine 
I'm pining for the pork 
Of the porcupine 
I'd best be on my best behaviour 
Best behave yourself you hear 


There are silent ways of wishing now
Wish I had what's turning round 
Round the corridor 
There are people there 
Through the peephole I can see me down 


Very nice 
Some pressure feelings 
You know how you hope 
For something to hope for 


There 
What is that paper there 
Paper is a collander
Collander's picking holes in me 
He's ________ the holy water there 
Water's paper like an impure________
A strange moment as your ______________
__________________ 
Paper is a collander
Collander is picking holes in me 
Suck the pig this pork is mine
'Pining for the pork of the porcupine 
_______________ find out


I'm beginning to see the light 



(Após a abertura triunfal aos FATOS OLÍMPICOS a música abaixa de volume)


V. – Meu Caro Cabo, você certamente se lembra porque ganhou este nome.

C. – Até onde me lembro é porque sou o autor de um omisso que foi publicado por ordem Vossa em toda a Galáxia, gerando uma enorme confusão. Dorothy inclusive ajudou-me a relembrar parte dela por meio de um Único Quadrinho do Mestre de Mundos Moebius.

Este aqui:


V. – Nada mal, Cabo! Agora vamos aos Fatos Terrenos. Você se lembra qual sua missão mais imediata na Terra?

C. – Eu imagino que deva cobrir a Primeira Edição da Festa do Universo.

V. – Isto, isto mesmo. E você já o está fazendo, como sabe muito bem.

C. – Sim, sei.

V. – Então, a esta altura você já deve saber qual será o Título Literário da Festa deste Ano.

C. – Receio que sim.

V. – Diga-nos, então:

C. – Diário de Um Homem sem Chão.

V. – E em que capítulo estamos do Diário de Um Homem sem Chão?

C. – No primeiro.

V. – E quantos Capítulos teremos? Isto é, se você concordar.

C. – Onze. Onze seria MAIS QUE PERFEITO. E sem prazo fixo para escrever  a palavra

“F  . ' .   I  ' . ' M”

O Velho: - Mas é claro. Por falar nisso, atenção com esta tendência a prazos fixos; há outros ritmos. Entende o que estou falando?

O Cabo: - Entendo. você está falando do Dao. (pronuncia-se Tao).

V.:- Isto mesmo. Percebe como a tônica desta Festa já vai se delineando?

C. : - Sim. Claro.

V. : - Meu Caro, eu te diria, então, que você já tem as condições básica para cobrir esta Festa.

E assim o Velho resolveu dar por concluída aquela Reunião Celestial.

Terça, 26 de novembro de 2013. IVxxi.
03:46’ horário de Verão.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CAPÍTULO 1 - PARTE II - COMO DAVID BOWIE

Nota: estas postagens compõe nossa História para este ano. 


O DIÁRIO DE UM HOMEM SEM CHÃO É UMA CONTINUAÇÃO INVOLUNTÁRIA DO FILME "O HOMEM QUE CAIU NA TERRA", DE NICHOLAS ROEG, COM 
DAVID BOWIE.

Para entender do que estamos falando, clique nos link abaixo, será  nossa Grande Abertura. O Cabo como "Bowie", Dorothy como "Mary Lou".
Z.

http://www.youtube.com/watch?v=oKF5lHcJY9k

SINOPSE:


-Sim, é verdade, perdi meu olho direito...


Perdido ou dependurado num dos muitos caminhos da Vida um Cabo pede e recebe ajuda dos Deuses, ainda que num território totalmente astral, ou mitológico. Ou Mágicko. Depende do ponto de VVVVViSTa.

Não esqueçamos que tudo pode ser visto como apenas outro “Delírio” do dito Cabo, ou uma peça literária, um roteiro para teatro ou celebração multimidiática regada à Vinho e Ambrosia.

Um encontro com três deuses:
Júpiter, o Velho, tranqüilo, pacífico.

(Nota: "pacífico" em se tratando de um deus)













"O Bárbaro", Marte, bem mais incisivo e contundente, como todos podem ver. 

A imagem foi tirada de Moebius.

















E Dorothy do Furacão, como Vênus.

A imagem também foi tirada do Mestre Moebius.













Aliás, a imagem do Cabo também foi tirada do Mestre Moebius. Este seria o seu famosíssimo
"Major Grubert".
Um alter-ego do Mestre.
O Mestre e seu Outro: Jean Giraud (Moebius) e um grande painel com seu Major Grubert.

Neste caso, de acordo com a Árvore da Vida o Cabo é forçado a ocupar o lugar de Mercúrio, o Deus da Linguagem, uma vez que todos os outros lugares estão ocupados: Marte pelo Bárbaro, Júpiter pelo Velho e Vênus por Dorothy. 




Hod, a Oitava Estação da Árvore da Vida, correspondente a Mercúrio (Roma), Hermes (Grécia), Thoth ou Tahuti (na Origem, no Egito)

Isto parece correto, uma vez que é ele o encarregado da transmissão da Festa do Universo para a Terra neste ano de 2013.

Mais informações sobre mercúrio nos links:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(mitologia)

E, de nossa parte, este, da Festa do Universo do Ano Passado: http://festadouniverso.blogspot.com.br/2012/12/8-venha-mercurio.html

Sim, o link acima é muito importante.


Amantis (Paulo Medina)



Continua a Reunião:

Terça-feira, 26 de Novembro de 2013.

DIÁRIO DE UM HOMEM SEM CHÃO


CAPÍTULO 1


PARTE II


                                                                              - Deixe-me arrumar esses olhos... 


O Cabo já está quase desperto.

Dorothy. – Que tal um Lucky, querido? Pode ajudar a acordá-lo. E música. E um café com leite forte.

Ele aceita o cardápio todo.


- E água!

Dorothy. – Acertemos nosso relógio com o ponto X na Terra, por favor.

V. - São Duas e três da manhã no Horário de Verão.

Dorothy. – OK...

... Cabo (Ela continua), ajuste também seu relógio Espaço-Temporal, por favor.

C. Ajust0, sim, my Mistress - vou configurar meu relógio Espaço-Temporal de acordo com a fala do Velho; afinal ele é o mais controlado daqui, responde O Cabo, um tanto mais recuperado. Aliás, o sujeito está mesmo descontraído (embora seu corpo esteja um bagaço. Tipo do da cana).
E vou pôr um lembrete aqui na tela de meu relógio: “baby’s steps.”

Dorothy. – Muito bem, meu Cabo! Uma coisa de cada vez!

02:20’ horário de verão.

Dorothy. – MÚSICA!



The Man Who Sold the World – Bowie

Três links para você escolher: abaixo, só a música, versão original
http://www.youtube.com/watch?v=HSH--SJKVQQ

Abaixo, como uma continuação, um clipe original de Kurt Cobain tocando-a ao vivo em versão acústica.
http://www.youtube.com/watch?v=fregObNcHC8

E como nada acaba, temos Bowie de volta, tocando-a ao vivo, com um cabelo que lembra o de Kurt Cobain.
http://www.youtube.com/watch?v=d-0UrJHYGAY

Aqui, a letra, e podemos continuar.

The Man Who Sold The World

We passed upon the stairs, we spoke Of was and when
Although I wasn't there, he said I was his friend
Which came as some surprise I spoke into his eyes
I thought you died alone, a long long time ago

Oh no, not me
We never lost control
You're face to face
With the man who sold the world

I laughed and shook his hand, and made my way back home
I searched from form and land, for years and years I roamed
I gazed the gazeless stare at all the millions hills
I must have died alone, a long long time ago

Who knows? Not me
I never lost control
You're face to face
With the man who sold the world

Who knows? Not me
We never lost control
You're face to face
With the man who sold the world

O Homem Que Vendeu O Mundo

Nós passamos pela escada, falamos do que foi e quando
Embora eu não estivesse lá, ele disse que eu era seu amigo
O que veio como uma surpresa, eu falei dentro dos olhos dele
Achei que você tinha morrido sozinho, há muito, muito tempo


Oh não, eu não
Nós nunca perdemos o controle
Você está cara a cara
Com o homem que vendeu o mundo


Eu ri e apertei sua mão, e fiz meu caminho de volta pra casa
Eu procurei um jeito e lugar, por anos e anos vaguei
Eu encarei com um olhar vazio milhões de montanhas
Eu devia ter morrido sozinho, há muito, muito tempo


Quem sabe? Eu não
Eu nunca perdi o controle
Você está cara a cara
Com o homem que vendeu o mundo


Quem sabe? Eu não
Nós nunca perdemos o controle
Você está cara a cara
Com o homem que vendeu o mundo

O Cabo então presenciou uma conversa telepática.

V: “E fazer alguma coisa com ele”

Dorothy: “Como faremos isto se o Cabo nem conhece a letra?”

B: “Do que raios você está falando, garota?”

Dorothy: “A letra da canção, ora!”

B: “A, sim. Seja mais específica, por favor”

02:26’ A conversa telepática termina aí, com o Velho virando-se para o Cabo e dizendo:

V. – Precisamos da letra desta canção completa, publicada e de preferência, traduzida e retocada.

O Cabo anota tudo.

- Hoje, mesmo – o Cabo responde – Tempo do Ponto X, horário de Verão.

V. – Muito obrigado, Cabo. Sua ajuda é essencial para nós.

O Cabo realmente não sabia o que dizer. Até onde se lembrava era ele que, de maneira bastante lamentável (magickamente falando) havia pedido ajuda aos Deuses.

Dorothy. – Obrigado, Cabo, por querer nos ajudar.
Vendo o constrangimento do Cabo, Dorothy do Furacão diz a ele:


 - É melhor você deixar de lado este sujeito aí, meu Cabo, e assumir de uma vez seu papel aqui, eu quero dizer, em nossa Mesa. Não ser mais um visitante, entendeu? Mas portar-se como cada um de Nós.

O Cabo nada precisou de responder.

29 de Novembro de 2013, Terça, 2:39’ a.m.

fim da Parte II

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

CAPÍTULO 1 - COMO BILLY IDOL


   por Amantis

Contextualização:
O Diário de um Homem sem Chão nasceu da tentativa de morar em dois lugares ao mesmo tempo, na “Roça”, uma Granja no Bairro Graminha em Juiz de Fora, e na Cidade, a casa de minha mãe no Bairro Mundo Novo.

Por esse tempo tentamos também parar com a Kaya em sinal de protesto. O resultado foi que entramos – primeiro devagar – no álcool, até começarmos um processo de vício. O álcool, geralmente na forma barata de cachaça, tornou-se um hábito (noturno) diário que gerou grande desgaste em nosso corpo.

Acabamos fazendo uma opção, e terminamos nosso protesto.

O Diário começa nos dias finais do álcool, e também de minha vida em dois lugares: ao fim optamos pelo Campo e passamos a viver uma vida de bairro, praticamente alheios à cidade.

Lembremos que este homem sem chão tinha e tem por tarefa organizar a Primeira 
Edição Oficial da Festa do Universo na Terra e seria bom que ele se aprumasse.

RESUMO DESTE CAPÍTULO: 
Ele será dividido em três partes, cada uma podendo conter, como o primeiro, uma Parte Terrena e uma Parte Astral. É  fácil ver a diferença, uma é o Real, a outra o Imaginário, e ambos se casam. Na Parte Terrena, mais rápida temos apenas um "Check Up Geral da Situação, referência à música de Raul Seixas. Na Parte Astral temos "Fac-símiles" isto é, cópias fiéis das duas primeiras páginas do Diário. A seguir, uma "Transposição" destes fac-símiles para a linguagem escrita, com acréscimos de detalhes e imagens.
Mas é simples, este é um Cabo que teve acesso aos Deuses em função do estado aflitivo em que se encontra o Planeta e sua Raça. Embora o próprio Cabo pareça não ter mais raça nenhuma. Os Deuses são três: Dorothy do Furacão (Vênus, A Verde), "O Bárbaro" (Marte, o Vermelho) e o Velho (Júpiter, o Azul). Os quatro se encontram numa Sala de Reuniões "Astral" e simplesmente conversam, às vezes telepaticamente.
É o Cabo aprendendo a linguagem dos deuses! Boa Sorte pro homem!
CAPÍTULO UM
Parte Terrena:

25 de Novembro de 2013,
Segunda Feira.
19:18’

NA LAURIE’S, 16
(A casa de minha mãe e de meu irmão)
 (1 + 6 = 7 = Vênus)

CHECK-UP GERAL DA SITUAÇÃO:
1 – Recuperando-me de uma ressaca infernal, fruto de um vinho “Canção”, bem vagabundo.
2 – Tomamos todas as medicações encontradas. Fizemos até um chá de boldo.
3 – Mais cerca de 25 gotas de Rivotril, senão mais.
4 – Agora, significativa sonolência.
5 – Mas, Vamos! Mesmo assim.


ZENITH RESPIRA
A MARCA QUE MARCA

ORGULHOSAMENTE
APRESENTA:

DIÁRIO DE UM HOMEM SEM CHÃO


CAPÍTULO 1
PARTE ASTRAL

Personagens:


O Cabo Névis. (Imagem: Moebius)









Dorothy do Furacão. (Imagem: Moebius)














O Velho. (Imagem: Zenith)














O Bárbaro. (Imagem: Moebius)












Página 1. Fac-Símile:




Página 1. TRANSPOSIÇÃO:

25 de Novembro de 2013, Segunda, dia da Lua (Dies Lunae),

19:35’

Tocando Miles Kane, Rearrange.
(inserir letra)

. - . - . - . - . - . - . - . - . - . - . - . - . - . 

                 (isto foi um S.O.S.?)


.-.

2 – Então, que sejamos ouvidos!
3 – Surge, então, em minha mente, um Portal.
      Dos mais simples.
       Oh, enfim! Um Sinal,
       muito gentil, de meus três amigos,
 “ E EU,
    E EU,
    E EU,
    VOU.
- VAMOS!




Página 2 – Fac-Símile.




Página 2 - TRANSPOSIÇÃO:

Primavera, Brasil, Lua Minguante.
Quarto dia de chuva quase ininterrupta.
Tocando “Lindo Blue”, Walter Franco.
Arranjo:




Ao Norte o Cabo Né’vis, ocupando a Cadeira de Terra.









Ao Leste, Dorothy do Furacão, a Repórter mais Tenaz da Galáxia, ocupando a Cadeira de Ar.








Ao Sul, “O Velho”, muito pacífico e bem humorado, de olhos azuis, ocupando a Cadeira de Fogo.


No Oeste, “O Bárbaro”, sempre temível, ocupando a Cadeira de Água.
Nota: Evidentemente este Arranjo se trata de um Jogo de Compensações.









...atravessando o Portal

4. ...chegamos a uma já bem conhecida Sala de Reuniões (que já rendeu muitos Reports).
        
Lá me esperam, sorridentes, meus três amigos: Dorothy (Vênus) na Cadeira Amarela, assento de Ar, Pensamento, o Bárbaro (Marte) na Cadeira Azul, Água,  Sensibilidade, e “o Velho” (Júpiter) na Cadeira correspondente ao Elemento Fogo, (entusiasmo, intuição, energia)
         
Eu ocupo o quarto assento, o de Terra.
       [ Estes são os Quatro Elementos]
         
Há um Quinto Oculto (e invisível) entre Nós, no Topo da Pirâmide postada no Centro da Mesa.

 [A Mesa dos Cinco Elementos, uma “Criação” da Agência Z. de Notícias Intergalácticas – Ver Zenith News, Nº 1 – 12 de Outubro de 2007].
        Comecemos.

(Tocando:)
Catch My Fall – Billy Idol.

(nota da redação: assista o Vídeo Original de Catch My Fall (Segure minha queda), de Billy Idol para entender o estado do Cabo. E, também, no final, a chegada de Dorothy, na forma de um vendaval.
Basta clicar no link abaixo)

http://www.youtube.com/watch?v=EiMFvx43vpw


Uma rápida olhada no estado do visitante leva Dorothy a ligar para a cozinha:
    - Café forte para o Cabo, IMEDIATAMENTE!

O Cabo se senta, dizendo:
    - Obrigado.

O café com leite chega e ele vira de uma vez, como se fosse um Cowboy tomando Cachaça, ou Conhaque.

C. [O Cabo] – Mais, por favor.

Desta vez chega um copo grande, cheio, bem quente.
Como de outras vezes o Cabo parecia indiferente a tudo – e também muito cansado.

O Bárbaro diz:
    - Sabe, Cabo? Seu estado me irrita um pouco.
O Cabo:
    - mmm...acho que a mim, também. Só um pouco.

Antes que o Bárbaro retrucasse, o Velho começa a Reunião:
  
  -  Então, Cabo, você é agora um “Homem sem Chão”.
C. – Isto mesmo.
V. – E o quê você quer dizer com isso?
C. – Que quero ATERRAR.
V. – Hmmm... pelo momento... a dadas às suas condições, consideraremos esta uma resposta satisfatória.

    Dorothy, que neste meio tempo estava de olhos fechados, num estado de transe ou concentração abre finalmente seus belos olhos verdes.
    Segura sua mão:
    - Fique tranqüilo, meu Cabo: teremos uma Bela e Longa Notte.
    Assim mesmo, em italiano.
    
Depois, Dorothy do Furacão envia outra mensagem à cozinha:
    - Mais café com leite forte para o Cabo. Meio copo, desta vez.
   Acostumado às intuições de Dorothy, o Cabo não pergunta o porquê do termo em italiano.
  
  Chega o café.
    - Obrigado, diz o Cabo.
    Fuma seu “Lucky” e toma seu café, sem dizer uma palavra.
  
   O Bárbaro:
    - Cabo, você ainda está muito longe do ponto.
   O Cabo:
    - Sei disso.
      
E volta a seu cigarro e café.
   
O Bárbaro:
    - Quer um pouco de Hidromel?
  
 O Cabo:
    - Parei com o álcool; está me detonando. Mas obrigado pela oferta. O fato é que você pode com isso. Eu, não.

Dorothy:
 - Um Novo Turno se aproxima, Cabo.
[entre um e outro dia]  

Estamos pensando em fazer um translado dimensional nós quatro, juntos, que te renovará consideravelmente. Tudo isto para que você não tombe nesta mesa sem antes dizer EXATAMENTE a que veio. Acontece que isto te dará algum trabalho.
(Ela explica para ele sua colaboração pessoal na tarefa do translado.)
O Velho: Está disposto a essa trabalheira toda?
 O Cabo: - Não encontro alternativa. Quero terminar este Report.
O Bárbaro: Então, vamos. Um por todos, todos por UM.
Assim, os quatro partiram em viagem, parecia longe, mas, na verdade, foi perto.
   E...BOOM!

ATRAVESSARAM O PORTAL DE KEPH-RÁ
VOANDO NUMA NAVE EM FORMA DE BESOURO.

       Fim da Parte I