XII
"Não permite que as águas em que viajas te banhem,
E, tendo chegado à praia, planta a
Vinha e regozija sem pudor."
Crowley, O Livro de Thoth.
Falando Amantis,
São 21:15 de 28 de Novembro de 2012, uma quarta-feira, dia
de Mercúrio.
Faltam 23 dias para a Festa do Universo.
Na Árvore da Vida o vigésimo terceiro caminho é ocupado
pelo Arcano XII, O Homem Dependurado, ou O
Dependurado (comum e erroneamente chamado de O
Enforcado).
Aqui está a versão tradicional (do Baralho de Marselha):
23° Caminho, Arcano XII, O Homem Dependurado
Atribuição: Água
Letra: Mem (água)
Valor: 40 (600 quando no final da palavra)
Na Árvore da Vida o vigésimo terceiro caminho interliga Marte
(Vermelho) e Mercúrio (Laranja).
O Arcano XII nunca foi muito auspicioso. Numa tiragem de Tarot a aparição do Dependurado pode significar coisas tais como
"sacrifício imposto, castigo, perda fatal ou voluntária, sofrimento,
derrota, fracasso, morte." (Crowley, O Livro de Thoth)
Ele está atribuído ao elemento água, que é o elemento do amor
(maternal) mas também da dor (na alma). O Dependurado é um
símbolo do feto nas águas de sua mãe. Sua posição é límbica: ele
não está no mundo, agindo; mas temporariamente em suspenso,
sendo submetido a um processo de regeneração. É o Cristo
crucificado. Numa segunda análise, o Cristo (ou Osíris) enterrado,
antes da ressurreição.
A.C. diz que esta carta tem origens na Era de Ísis (anterior à Cristã) quando se acreditava que, na Morte retornávamos à Ela (também a doadora da Vida), isto é, às águas primordiais da Grande Mãe. Um filme recente que aborda este arquétipo de maneira magistral é Peixe Grande, de Tim Burton.
A.C. também nos alerta para os perigos envolvidos no sacrifício voluntário, a fórmula ou noção do sacrifício pelo próximo ou pela humanidade (tal com Jesus), ainda muito presente nas comunidades espirituais, espiritualistas e religiosas de hoje:
"A principal meta dos Sábios deveria ser livrar a espécie humana da insolência do auto-sacrifício, da calamidade da castidade; a fé tem que ser morta pela certeza e a castidade pelo êxtase" (O Livro de Thoth)
Entretanto, a vida mesma nos conduzirá (quer queiramos ou não) em um momento ou outro à condição do Dependurado. Aparenta ser uma destruição completa, ou uma perda irreparável, mas, nas verdade, é apenas uma fase de todo um processo. Crowley:
"Ao fundo há uma grade imensa de pequenos quadrados [ver a carta que abre esta postagem] que exibem os nomes e sigilla de todas as energias da Natureza. Através de seu Trabalho uma Criança é gerada, como é mostrado pela Serpente se agitando na Escuridão do Abismo abaixo dele.
A.C. diz que esta carta tem origens na Era de Ísis (anterior à Cristã) quando se acreditava que, na Morte retornávamos à Ela (também a doadora da Vida), isto é, às águas primordiais da Grande Mãe. Um filme recente que aborda este arquétipo de maneira magistral é Peixe Grande, de Tim Burton.
A.C. também nos alerta para os perigos envolvidos no sacrifício voluntário, a fórmula ou noção do sacrifício pelo próximo ou pela humanidade (tal com Jesus), ainda muito presente nas comunidades espirituais, espiritualistas e religiosas de hoje:
"A principal meta dos Sábios deveria ser livrar a espécie humana da insolência do auto-sacrifício, da calamidade da castidade; a fé tem que ser morta pela certeza e a castidade pelo êxtase" (O Livro de Thoth)
Entretanto, a vida mesma nos conduzirá (quer queiramos ou não) em um momento ou outro à condição do Dependurado. Aparenta ser uma destruição completa, ou uma perda irreparável, mas, nas verdade, é apenas uma fase de todo um processo. Crowley:
"Ao fundo há uma grade imensa de pequenos quadrados [ver a carta que abre esta postagem] que exibem os nomes e sigilla de todas as energias da Natureza. Através de seu Trabalho uma Criança é gerada, como é mostrado pela Serpente se agitando na Escuridão do Abismo abaixo dele.
"Contudo, a carta em si é essencialmente um glifo da Água. Mem (letra à qual a carta está atribuída, e que quer dizer "água") é uma das três letras mães (...) e, na Natureza, o Homo Sapiens é um mamífero marinho e nossa existência intrauterina é passada no fluido amniótico. A lenda de Noé, da Arca e do Dilúvio não passa de uma apresentação hierática dos fatos da vida."
É neste ponto - extremamente agradecido a A.C. por seu estilo inimitável, frequentemente hilariante - que eu venho, como bom repórter, apresentar respostas do Universo à Festa em seu nome colhidas na tarde de hoje. Dissemos aos amigos que propomos uma "interação" com o Universo, e que ela estava acontecendo. Aqui as fotos do dia.
I
manhã
()m
Te amo, é Primavera
A obra em andamento para o projeto A Fonte finalmente secou (ver postagem de 24 de Novembro, "Arcano XVI, Guerra") à exceção das tampinhas, que ainda estão com tinta misturada à água da chuva.
II
tarde: por volta das quatro e meia
Pan anuncia Dilúvio
E o Dilúvio chegou
Rua Espírito Santo, circa 17 h.
por onde passei
havia água
Por volta da seis me abriguei na Prefeitura. Ali encontrei um curioso quadro na parede. Ao menos no dia de hoje.
Morri de rir (junto com Pan)
III
Voltando Pra Casa
(após a tempestade)
(após a tempestade)
Santo Antônio, JFC, circa 17:30'
João Pinheiro, JFC, circa 18:00 h.
"Não permite que as águas em que viajas te banhem,
E, tendo chegado à praia, planta a
Vinha e regozija sem pudor."
A.C.
TUDO ACABA COMO COMEÇOU
Chegando em casa minha maior preocupação era saber o que acontecera com o trabalho para A Fonte, que hoje tomou um banho daqueles. A força da água foi tanta que expulsou toda a tinta para fora das tampinhas (além de ter machucado o papel na região azul) :
O próximo passo será, decididamente, secá-lo.
Seu rosto, ainda que estranho (e agora "ferido"), já está formado.
A trilha sonora para a postagem de hoje vem de um filósofo que muito aprecio (seu nome é Raul Seixas): aqui ele oferece uma mensagem sonora para os "dependurados" do mundo.
(lembrar que toda situação é circunstancial, passageira, ninguém "É', todo mundo "ESTÁ")
A canção é Meu Amigo Pedro, de Raul Seixas.
Mas poderia ser Medo da Chuva.
Meu Amigo Pedro
G C G
Muitas vezes Pedro você fala
C G
Sempre a se queixar da solidão
C G
Quem te fez com ferro fez com fogo, Pedro
D D7 G
É pena que você não sabe não
C G
Vai pro seu trabalho todo dia
C G
Sem saber se é bom ou se é ruim
C G
Quando quer chorar vai ao banheiro
D D7 G
Pedro, as coisas não são bem assim
C G
Toda vez que eu sinto o paraíso
C G
Ou me queimo torto no inferno
C G
Eu penso em você meu pobre amigo
D D7 G G7
Que só usa sempre o mesmo terno
Refrão:
C D G
Pedro onde você vai eu também vou
C D G
Pedro onde você vai eu também vou
Em A7 D G
Mas tudo acaba onde co_me_çou
(Primeira Parte)
(Refrão)
G C G
Tente me ensinar das tuas coisas
C G
Que a vida é séria e a guerra é dura
C G
Mas, se não puder cale essa boca, Pedro
D D7 G
E deixa eu viver minha loucura
C G
Lembro Pedro aqueles velhos dias
C G
Quando os dois pensavam sobre o mundo
C G
Hoje eu te chamo de careta, Pedro
D D7 G G7
E você me chama vagabundo
C D G
Pedro onde você vai eu também vou
C D G
Pedro onde você vai eu também vou
Em A7 D G
Mas tudo acaba onde co_me_çou
C G
Todos os caminhos são iguais
C G
O que leva à glória ou a perdição
C G
Há tantos caminhos, tantas portas
D D7 G
Mas, somente um tem coração
C G
E eu não tenho nada a te dizer
C G
Mas, não me critique como eu sou
C G
Cada um de nós é um universo, Pedro
D D7 G G7
Onde você vai eu também vou
C D G
Pedro onde você vai eu também vou
C D G
Pedro onde você vai eu também vou
Em A7 D G
Mas tudo acaba onde co_me_çou
Em A7 D7 G
É que tudo acaba onde co_me_çou
Em A7 D7 G
É que tudo acaba onde co_me_çou
amantis
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