Arcano XIII - Morte
Letra (alfabeto hebraico): Nun (peixe) - em nosso alfabeto é o "N"
Valor da letra: 50 ( e 700 quando no fim da palavra)
"O Universo é Mudança;
toda Mudança é o efeito de um Ato de Amor;
todos os atos de Amor contém Alegria Pura.
Morre diariamente.
A Morte é o ápice de uma curva da Vida-serpente:
contempla todos os opostos como complementos necessários, e regojiza-te"
(Aleister Crowley - O livro de Thoth)Trilha Sonora sugerida: Sinfonia n° 25: Allegro con brio - Mozart
Falando Amantis,
Faltam 24 dias para a "Festa do Universo", que será uma festa real, uma festa que darei na minha casa. Contudo, na ficção à qual esta Festa real está ligada, e que é sua origem, a Festa do Universo é, como diz o nome, uma Festa Universal, que poderá acontecer em diferentes lugares, com diferentes configurações.
Dada a brevidade do prazo eu penso que a única Festa do Universo que ocorrerá na Terra será esta que darei. Desde já adianto aos amigos que qualquer um pode dar a festa. Não tem "copyright". Mas 21 de dezembro está logo ali, virando a curva do destino.
Tudo indica que não ocorrerá nada de extraordinário na Terra no dia 21 de Dezembro (como previu Terence McKenna). Acredito que os Thelemitas e outros "pagãos" do planeta comemorarão o Solstício de Inverno (lá no Norte) e o Solstício de Verão (aqui no Sul) como fazem todo ano, com muita alegria. Imagino que Daniel Pinchbeck e outros "gurus" de 2012 também realizarão algum tipo de ritualização. Nós daremos uma festa comemorando um ponto Zero em nossa trajetória, a possibilidade de um glorioso recomeço.
Para intensificar magickamente este momento planejado nós estamos fazendo uma contagem regressiva, dia após dia, enquanto o tempo útil nos permitir, a partir da Árvore da Vida.
Estamos registrando a trajetória de um ponto (uma consciência) do 30 até o Zero, num processo evolutivo que começou no arcano XIX - O Sol e culminará em 20 de Dezembro, dia da festa, na primeira estação da Árvore da Vida, Kether.
No diagrama abaixo o lugar em que estamos hoje, marcado em vermelho.
Este caminho entre duas estações (o Sol e Vênus), marcado em vermelho, é o lugar que ocupa o Arcano XIII do Tarot, Morte, na Árvore da Vida.
Cada um destes 22 caminhos entre as Estações da Árvore da Vida é ocupado por um dos 22 Arcanos maiores do Tarot.
Estes arcanos se referem também às 22 letras do alfabeto hebraico. Os eruditos às vezes se referem às cartas como sendo as letras (pois é a mesma coisa).
Crowley elucida no Livro de Thoth (que saiu em 2000 no Brasil pela editora Madras):
Crowley elucida no Livro de Thoth (que saiu em 2000 no Brasil pela editora Madras):
"Esta carta é atribuída à letra Nun, que significa "peixe", o símbolo da vida sob as águas, a vida se movendo através das águas."
Eu vejo este trecho de Mozart (o escolhido acima) como perfeito para ilustrar a dança grandiosa deste mega esqueleto em forma de suástica da carta de concebido por Crowley para personalizar a morte.
Este é um bom exemplo de como tudo conflui para o símbolo. A suástica não foi criada por Hitler - ou seus consultores - e sim uma apropriação da parte dele de um símbolo milenar, presente em muitas culturas, em especial a Hindu.
(clique: http://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A1stica)
Eu vejo este trecho de Mozart (o escolhido acima) como perfeito para ilustrar a dança grandiosa deste mega esqueleto em forma de suástica da carta de concebido por Crowley para personalizar a morte.
Este é um bom exemplo de como tudo conflui para o símbolo. A suástica não foi criada por Hitler - ou seus consultores - e sim uma apropriação da parte dele de um símbolo milenar, presente em muitas culturas, em especial a Hindu.
(clique: http://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A1stica)
imagem, fonte: http://www.naincerteza.com/percepcoes/suastica/
Na Índia a suástica é um signo de boa sorte.
Mas, o que ela representa?
Para isto eu tenho a resposta:
Ela representa os quatro elementos em revolução (ou movimento), com um quinto, oculto, no meio (não tão oculto na foto).
O que está no meio destes quatro elementos é o Espírito (na nomenclatura que sigo). Mas poderia ter muitos nomes, inclusive "Deus".
Em suma, ela simboliza um processo desenvolvendo-se harmonicamente, com nenhum dos braços maior que o outro, porque o verdadeiro regente de tudo é o ponto no centro de tudo.
(Um papel semelhante tem o Sol na Árvore da Vida)
Tudo isto seria um signo de boa sorte, uma vez que todo o desejo de um Hindu é agradar a Deus, o resto apenas vem daí.
Agrade a Deus, e tudo correrá bem. Quanto mais você amá-lo, mais ele o amará em retorno e, em retorno a isto, mais feliz você será, o que te possibilitará amá-lo ainda mais. Assim funciona a mente de um devoto. E dá certo. Daria mais certo ainda se a vida não tivesse coisas como o vinho, a luxúria e os patrões que infernizam a vida do devoto, tanto no Oriente quanto no Ocidente. Não sabemos por quanto tempo esse tipo de estratégia espiritual funcionará no planeta em que estamos. Os devotos da Terra estão pra lá de infernizados pelo vinho, a luxúria e os Estados Unidos, todo este encanto ocidental que contagiou o planeta.
Segundo uma das poucas cabeças que respeito, a de Crowley, espiritualmente "estamos mais ou menos na bancarrota".
Neste aspecto eles, os Orientais, são bem mais sérios e empenhados que nós. Para alguns, inclusive para Crowley, os Hindus era, no tempo da colonização inglesa, muito superiores aos invasores como civilização. Na verdade, Yogananda faz lembrar em sua autobiografia que nenhum dos invasores históricos da Índia (incluindo Alexandre, o Grande) conseguiram, de fato, colonizá-la, uma vez que ela sempre permaneceu inteira como cultura. Não foi helenizada, assim como não foi cristianizada (lembrar que Maomé teve bem mais sucesso que os outros).
Voltando à carta da Morte: o grande esqueleto simboliza Osíris, o deus da morte e da ressurreição, cuja história muito lembra a do Cristo ocidental.
Crowley: "a própria carta simboliza da dança da morte. A figura é um esqueleto manipulando uma foice, sendo tanto o esqueleto quanto a foice importantes símbolos Saturnianos. (...) Saturno representa a estrutura essencial das coisas existentes. Ele é aquela natureza elementar das coisas que não é destruída pelas alterações ordinárias que ocorrem nas operações da Natureza. Além disso, o esqueleto está coroado com a coroa de Osíris, representando Osíris nas águas de Amenti [o mundo dos mortos egípcio]. (...) Pela varredura de sua foice o esqueleto cria bolhas nas quais começam a se configurar as novas formas que ele cria em sua dança, sendo que estas formas também dançam."
Voltando à carta da Morte: o grande esqueleto simboliza Osíris, o deus da morte e da ressurreição, cuja história muito lembra a do Cristo ocidental.
Crowley: "a própria carta simboliza da dança da morte. A figura é um esqueleto manipulando uma foice, sendo tanto o esqueleto quanto a foice importantes símbolos Saturnianos. (...) Saturno representa a estrutura essencial das coisas existentes. Ele é aquela natureza elementar das coisas que não é destruída pelas alterações ordinárias que ocorrem nas operações da Natureza. Além disso, o esqueleto está coroado com a coroa de Osíris, representando Osíris nas águas de Amenti [o mundo dos mortos egípcio]. (...) Pela varredura de sua foice o esqueleto cria bolhas nas quais começam a se configurar as novas formas que ele cria em sua dança, sendo que estas formas também dançam."
A semente perece...
ResponderExcluirA muda manifesta raios de vida.
Até quando tua flama resplandecerá?
Serás digno de tua morte?
O doce fôlego do primeiro Alento
Trouxe a promessa de tua vinda.
Andando num caminho desconhecido
fugindo de seu objetivo
você não pode se esconder de sua origem
não só ignora como ignora que ignora
Luz nenhuma reflete em tua ignorância.
Queres o Paraíso e teme tuas asas.
Em breve o fulgor do sol não lançará mais tua sombra.
Libere-se das impurezas que não te permite contemplar a vida.
Os terrores da Morte são filhos da nossa ignorância.
Suas vestes e sua mascara fúnebre foi tingida por nosso ego.
Ainda ignoras a verdade?
A morte é o verdadeiro trabalho da vida.
Quando os homens souberem viver não morrerão,
Trasformar-se-ão como a crisálida que se torna uma borboleta resplandecente.
Filho da terra porque nega tua essência,
Em breve o fulgor do sol não lancará tua sombra...
Rogue a Morte para que ela guie a tua Vida.
O temor do julgamento não trará a glória do arrebatamento.
Memento mori
Myke Hudson
Querido Maycon. Eu nunca te imaginei como um poeta. Mas você é. E SABE O QUE DIZ. Agora quero ouvir a música.
Excluir93, Amantis.
Sou NADA...rs
ResponderExcluirSó vi uma oportunidade de expor as letras aqui.
Seu comentário apareceu num e-mail. Li sem saber o autor. E para mim foi poesia. Me emocionei. Depois que eu vi que era você meu queixo literalmente caiu. Eu gostaria de fazer uma homenagem ao Malek e ao Amaranto no dia 26 de Janeiro (26º Caminho, Arcano XV), SÁBADO. Veja com cuidado a primeira ilustração da postagem http://www.festadouniverso.blogspot.com.br/2012/12/17-editorial.html (-17... EDITORIAL). Abrs. Amantis.
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