domingo, 16 de dezembro de 2012

5 - MARTE - SÉRGIO MACEDO - PARTE II

Nota: para ler a Parte I, clique no link: 
 SÉRGIO MACEDO

por Amantis (Paulo Medina)
com agradecimentos para Wilson (Nyang)

          Estávamos, na Parte I, narrando as aventuras do artista mineiro Sérgio Macedo mundo e mares afora, especialmente  na iluminada faixa tropical.
         Para quem está chegando agora, Macedo é um  ícone  da História em Quadrinhos, muito mais conhecido lá fora que aqui. 
         Ele começou nas artes plásticas, mas cedo escolheu a História em Quadrinhos como meio, justamente pelo seu poder de divulgação. Suas histórias são escritas e desenhadas por ele mesmo e tem um quê de autobiográficas. Como gosta de fazer histórias longas, graphic novels, para usar a expressão corrente, ele costuma  publicar suas histórias na forma de capítulos em revistas estrangeiras (Telechamp, de 1978, saiu completa na Heavy Metal) e, posteriormente, lançá-las na forma de livro.
         Tudo isto foi dito (talvez de maneira um pouco mais elegante) na Parte I. Ali dissemos também que Macedo, farto das  cidades, mudou "de civilização". Foi morar no Taiti, tal como fizera o pintor francês Paul Gauguin um século antes. Sua arte também mudou a partir deste ponto, e como mudou! Ficou bem mais arejada e positiva.
        Mas havia uma outra grande virada reservada a ele, desta vez em seu país natal.


Sergio Macedo - Capa do livro Xingu! 1977-1978

CONTATO IMEDIATO!

Do Livro Xingu!, de Sérgio Macedo 


    Entre Janeiro e Fevereiro de 1987 ele realizou um sonho que trazia desde a infância. Um sonho que, para ser realizado necessitaria de uma boa dose de coragem: travar contato direto com os Índios Brasileiros em seu meio natural, tradicional. 
    Não apenas coragem, mas muita persistência. Graças a estas duas qualidades o guerreiro Macedo conseguiu o que almejava: o direito de  entrada  (à Aldeia Kapot) foi-lhe dado por Rop-ni em pessoa (Rop-ni é o famoso Raoni).
    Estava começando mais uma Alquimia Vida & Arte que resultaria numa numa nova aventura de Vic Voyage, isto é, num novo livro de Sérgio Macedo, intitulado XINGU! (publicado no Brasil apenas muito recentemente pela editora Devir). Foram quase dois anos de trabalho para realizar a história, onde a terrível realidade dos índios é mostrada sem retoques.

acima: Sérgio Macedo - Xingu! - página 29

       E, neste ponto, amigos, eu como "guia" me calo. O tema já se torna complexo demais para mim, que não entendo nada da realidade indígena, este mundo estrangeiro para nós, habitantes das cidades. É exatamente neste ponto que eu passo a palavra a Sérgio Macedo. A seguir, em "fac-simile", a Apresentação de seu mais recente livro: Povos Indígenas em Quadrinhos (Editora Zarabatana, 2012)

     
                      Na Parte III Sérgio continuará a falar, agora numa gravação colhida na noite de lançamento de "Povos Indígenas em Quadrinhos" na cidade onde passou sua infância e adolescência, quando sonhava em conhecer os Índios, aqui, em Juiz de Fora.
                      Sonharão as crianças de hoje com os Índios de Sérgio Macedo?
                       O livro está aí, é didático, belissimamente ilustrado,  um trabalho único, de muito amor, que deveria estar nas escolas de todo o Brasil (sem censura).
                        Por isto e muito mais o assunto continua.
                         Na Parte III.

                         Amantis.
                          
             Trilha: Todo Dia Era Dia de Índio, com Baby Consuelo (ou do Brasil), com uma ressalva, o verbo "Era" do titulo tem de mudar de Tempo, tem de virar Presente, sim, tem de ser corrigido.
               Ainda há tempo.

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    Para ler a PARTE III clique no link:

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